O que é a vida senão a arte dos encontros?

A melhor maneira de resumir a vida de alguém é fazer o balanço de seus “encontros” ao longo do tempo. O encontro com sua família, com os amigos, amores, mestres e, principalmente, o encontro consigo mesmo.

Nos últimos tempos, a lógica desses encontros tem cada vez mais se mostrado clara para mim. É como um grande quebra-cabeça em que as peças vão se encaixando para que nos tornemos mais inteiros.

Ultimamente tenho estado às voltas com os “porquês” desses encontros. Nem sempre entendemos as funções de cada um deles. Mas, quando você começa a entender que todos essas pessoas e situações que acontecem são pedrinhas que ajudam a construir nosso caminho, fica tudo mais fácil.

Seja o encontro que te leva ao céu ou aquele que te deixa mal, todos eles têm a sua função. Quando assumimos a responsabilidade sobre as nossas vidas, deixamos de culpar os outros pelos nossos problemas. Passamos a entender que se aquela pessoa veio a nós, mesmo que seja para nos causar um desgosto, é porque havia algo em nós que devia ser acionado por aquela questão. Devíamos aprender algo com aquela situação. Porque, afinal, sabemos que o Universo é perfeito e absolutamente nada está fora do lugar.

Pensando sobre isso, achei uma entrevista interessante com o Dr. Ihaleakala Hew Len, o médico que curou um hospital psiquiátrico inteiro utilizando o Ho’oponopono. O entrevistador disse ter se assustado quando Dr. Len disse que “Toda terapia é uma forma de manipulação”.

Ele era uma espécie de terapeuta e ficou chocado com a afirmativa. E Dr. Len respondeu: “A manipulação acontece quando eu (como terapeuta) venho com a idéia de que você está doente e eu vou tratá-lo. Ao contrário, a manipulação não acontece se eu compreendo que você está vindo a mim para me dar uma chance de enxergar o que está acontecendo comigo. Existe uma grande diferença.

Se a terapia parte da crença de que você está lá para salvar a outra pessoa, curar a outra pessoa, ou direcionar a outra pessoa, então a informação que você trará virá do intelecto, da mente consciente. Mas o intelecto não tem o real entendimento dos problemas e de como se aproximar deles. O intelecto é tão mesquinho na maneira de resolver os problemas! Ele não entende que quando um problema é resolvido pela transmutação – usando Ho’oponopono ou processos relacionados – então o problema e tudo que é relacionado a ele é resolvido, desde níveis microscópicos até o início dos tempos.

Então antes de tudo, eu penso que a questão mais importante é “O que é um problema?”. Se você perguntar isso para as pessoas, não existe clareza. Porque não existe clareza, elas disfarçam a maneira de resolver o problema...

Cat, o entrevistador, responde: - Como se o problema estivesse “lá fora”.

Dr. Len: Sim. Por exemplo, outro dia eu recebi um telefonema da filha de uma mulher de 92 anos. Ela disse, “Minha mãe tem tido dores nos quadris por muitas semanas”. Enquanto ela estava falando comigo, eu perguntei à Divindade, “o que está havendo comigo que causou a dor nessa mulher?” E então eu pergunto, “Como é que eu posso corrigir o problema que está em mim?” As respostas a estas questões vieram e eu fiz tudo que elas me contaram.

Cat: - Eu tenho (tratado de) muitas doenças recorrentes e dores crônicas. Eu trabalho com isso o tempo todo, usando Ho’oponopono e outros processos de limpeza que compensam por toda a dor que eu tenho causado desde o início dos tempos.

Dr. Len: - Sim. A idéia é que as pessoas como nós estão nas profissões “curativas” porque nós já causamos muita dor.


Então, para não me estender demais, sugiro que sempre que algum problema ocorrer, pensemos primeiramente em nós. O que em nós está desequilibrado? O que precisamos aprender?

Abraços a todos! Tenham um ótimo fim de semana.